B.I.P - crônicas e outros textos

  Em outras vidas fui cigana,  uma voz dentro de mim grita sem cessar. Minha alma é cigana, memórias de um passado triste chegam-me para torturar. Lembrando -me que como cigana a liberdade foi meu maior castigo. Usei de forma vergonhosa o conhecimento do meu povo cavando meu próprio limbo. Mas a cigana que habita em meu peito vibrante se poe a dançar sem parar. Ensinando-me que a reencarnação é o oportunidade bendita que o Divino Pai nos dar. Permite Ele em prova de infinita misericórdia, sermos orientados pelos Espíritos do Além. O trabalho edificante como chance valiosa, na reparação da alma sedenta pelo bem. Vai ,cigana que há em mim, gira tua saia sem parar. Se antes eras infortunada enquanto dançavas, hoje encantas este povo com o teu bailar. Pois agora a motivação é nobre e teu desejo são almas resgatar.

  Ave Maria, cheia de graça Tu que es a mãe de todos nós. Mãe amorosa e imaculada, Em poesia recorro a vós.   Oh, Santa Maria! É tão duro o meu tormento. Venho nestes versos tão tristes, Apresento-vos meu lamento.   Maria, mãezinha tão querida, É sofrido meu penar. Mas confiante em tua misericórdia, venho a tua proteção rogar.   Maria, mãe de meu Senhor. Em lágrimas espero em vós. Cura-me todas as feridas Com teu bálsamo de amor.   Inspiração durante a vibração para os irmãos de Manaus, 07/02/2021

 Sob a cruz do calvário eu chorei minhas amarguras. Diante de tantas dores da alma mirava teu corpo em tortura. Minha alma penava as duras penas e como era terrível meu penar! Ver teu sangue inocente derramado, meus olhos marejados, lágrimas sem cessar. Oh, meu Jesus, perdoa-nos!! pois a ignorância era nosso guia. Minhas dores atuais nem se comparam as tuas naquele triste dia.

  Em noites solitárias e  frias Quando tudo é tristeza e dor Fica uma voz dizendo baixinho: O que você está fazendo com o amor? E em face das mais ardentes angústias Surgida sem aviso e nem recado Ela me previne baixinho: o que você faz do amor que trago? Nestas horas de rebelde armadilha Trazendo do meu passado resquícios Sinto a mansitude da luz divina indagando: Que fazes do amor, amigo? Essa voz  suave , suave melodia Que me envolve em tanta luz É minha centelha divina E o amor é Jesus.

Agora pouco muito chorei Chorei porque queria está e não estarei Chorei porque o espirito está livre e desperto Mas o corpo precisa ter descanso e recolhimento Chorei porque planejar nem sempre é concretizar E que resiliência é tão difícil quanto perdoar Mas minhas lágrimas, apesar de tristes, gratas são Porque não tenho nenhum desconforto Porque acredito não ter contaminado ninguém Porque a vida é um sopro E apesar de imensamente tristes Minhas lágrimas são só gratidão E se me isolo das pessoas, tenho meu violão Quando a mente vaga para mundos obscuros Busco o equilíbrio no Evangelho e da oração Meus amigos me enchem de amor em palavras o trabalho enche o vazio do recolhimento os versos iluminam esta pobre alma que está em isolamento.

Soneto de consolo Sabemos que o fardo tem sido pesado. Que está difícil de suportar. Saibas que tuas lágrimas daqui do alto Estamos sempre a escutar Mas te digo sem medo de nada Que sozinha nunca estás Que nas tuas preces tão cansadas Nosso amor sentirás Estamos contigo trabalhando intensamente Para que sejais vitoriosa no fim Dessa grande jornada Confiantes na misericórdia divina Que nenhum dos seus filhos desampara  Acalma teu coração pois toda tempestade passa.